quarta-feira, 28 de maio de 2025

O primeiro leitor, ensaio de memória

"Que enorme contradição é escrever algo memorialístico, tendo uma proposta existencial que valoriza o silêncio e a reclusão", Luiz Schwarcz.
No campo teórico torna-se difícil estabelecer diferenças rigorosas entre a autobiografia e o que se convencionou chamar de memórias. Mesmo o diário pessoal e as confissões, à maneira de Agostinho e Nelson Rodrigues, para ir de um extremo a outro, têm suscitado desencontros classificatórios.
O certo é que o gênero, cujas características suscitam uma boa dose de subjetivação, equilibrando-se entre as recordações do sujeito e o registro historiográfico propriamente dito, tem ocupado significativo espaço nos catálogos das mais prestigiadas editoras, constituindo uma porção nunca desprezível em meio às publicações e eventos da atualidade associados ao livro.
Costuma-se afirmar que a autobiografia se presta mais adequadamente ao relato objetivo e referencial de uma existência, não dando margem a que o autor perca de vista a realidade, o meio e o momento histórico narrados.
Já as memórias, ainda que guardem pertinência com os fatos relatados, enseja uma certa liberdade do autor na reestruturação desses fatos, transitando com relativo "à-vontade" sobre acontecimentos e lembranças o mais das vezes encobertos pela fumaça do tempo vivido.
As memórias trazem em si, porque natural, uma quase inevitável tendência para o que se convencionou classificar de texto literário, aquele em que os recursos formais da narrativa pesam quase tanto quanto o próprio conteúdo.
Numa e noutra, no entanto, é a existência do autor que se coloca no centro dos acontecimentos, não como uma atitude narcísica, mas como esteio para os fatos pregressos considerados dignos de se transmitir ao leitor.
Exemplo notável de memórias, tal qual as consideramos acima, é o belíssimo "O primeiro leitor, ensaio de memória" (Companhia das Letras, 2025), livro de Luiz Schwarcz que acaba de chegar às livrarias e já se consagrou como um clássico do memorialismo brasileiro contemporâneo.
O título, como o leitor mais atento pode constatar, e o próprio Schwarcz deixa claro na Introdução, dialoga "incidentalmente" com "O último leitor", do escritor argentino Ricardo Piglia. Segundo Schwarcz, provocado por um amigo a revisitar o texto do escritor argentino (e seu amigo pessoal), veio-lhe à mente a comovente história de Che Guevara "lendo numa árvore, criando um intervalo na perseguição que sofria na Bolívia".
Editor de sucesso, incontáveis vezes premiado no Brasil e em eventos de prestígio internacional, como a Feira de Livros de Frankfurt, a que dedica curiosas passagens do livro, Luiz Schwarcz transita do "ensaio de memória", como decidiu rotular a obra, para o autobiográfico tradicional, com a mesma habilidade no tratamento de linguagem e  na construção do estilo, procedendo a escolhas de estratégias narrativas não raro surpreendentes.
Se é elegante no plano da expressão, todavia, é no plano do conteúdo que o livro seduz o leitor. As histórias envolvendo amigos, escritores e editores, são invariavelmente sedutoras, mesmo aquelas em que as situações vividas não foram as mais confortáveis. O rompimento da amizade com Rubem Fonseca, por exemplo, é narrado com elogiável transparência, sem jamais incorrer em gestos de mínima deselegância. Pelo contrário, Schwarcz revela-se exemplarmente honesto em relação a tudo o que existe de mais relevante em sua trajetória, desde o início de sua carreira, sob as bênçãos de Caio Graco Prado, a quem se diz em dívida impagável pelos bons ensinamentos e desinteressada amizade, até se tornar a figura central do mercado livreiro no Brasil.
Nesse sentido, aliás, é que "O primeiro leitor, ensaio de memória" representa uma contribuição importante para a história da produção, confecção e comercialização do livro no país. Ao lado de ser delicioso como matéria de leitura.
A pretexto de contar sua vida como editor, portanto, o que faz exemplarmente bem, Luiz Schwarcz presta uma bela homenagem a pessoas com as quais convive ou conviveu, dos mais simples funcionários da Companhia das Letras, a quem se dirige com humildade por muitas vezes não ter dispensado a devida atenção e reconhecimento, à gente graúda do mundo intelectual, nomes como José Paulo Paes, Paulo Francis, Susan Sontag, José Saramago, Jô Soares e Jorge Zahar. Vai além, deita reflexões sobre literatura e leitura, sobre a dolorosa experiência de rejeitar livros de autores conhecidos e, não raro, amigos. Revela como se dá o processo de criação, seleção e publicação de livros. E a paixão nascida da leitura de um conto de Lima Barreto durante uma aula, ainda menino.  
Essas e outras razões por que "O primeiro leitor, ensaio de memória" é livro incontornável em matéria de memorialismo pessoal e livresco.
Para ler e reler, diga-se em tempo.
 
 
  
 
  

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Sobre livros e leitores

"Aqui, na altura dos olhos, sondando as profundezas da alma humana, deparo com Dostoiévski --- e outros russos, por óbvio: Gorki, Púchkin, Turguêniev, Gógol, Tchekov, Maiakovski; um pouco abaixo, titubeando entre o ser e o não ser, repousa Shakespeare; ali, um tanto amarrotado, vê-nos, sarcástico e impostor, Machado de Assis; acolá, entre pessimista e desmistificador, está Franz Kafka, contorcendo-se em metamorfoses. Na solidez do seu silêncio, velho detentor da razão, repara-nos, de soslaio, Immanuel Kant, indiferente às luzes que emanam de Voltaire, Montesquieu, Rousseau --- tão próximos dele, quase ao lado. E aquele barbado alemão, assertivo, que renasce das cinzas em sua genialidade?" (Alder Teixeira, em Conversa de Leitor: De códices e livros, de livrarias e livreiros, de Paulo Elpídio de Menezes Neto, 2023).
Vira e mexe, indagam-me, curiosos de como me fiz leitor: "Como você adquiriu o hábito de ler?" Num país em que são desanimadores os números que quantificam aqueles que leem com frequência, realidade que vem se agravando com a massificação das novas tecnologias, falar do hábito da leitura é quase uma missão para os que ainda amam os livros e creem, utópicos e confiantes, que se pode "vencer o inimigo invencível".
Autor de obra importante sobre a matéria, "A Geração Ansiosa", best-seller incontrastável, o estudioso americano Jonathan Haidt expõe com desencanto que o problema não é só das crianças e adolescentes. Também os adultos, ressalta, sofrem o impacto das novas tecnologias, e se embrutecem: "É bem possível que toda a humanidade esteja ficando mais estúpida desde 2015, que é o momento exato em que nossas máquinas passaram a ficar mais inteligentes, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, edição dessa quarta-feira 21. "É preciso agir agora", disse, entre realista e sonhador.
Volto ao início de nossa conversa. E revelo, em parte, como me descobri um leitor compulsivo, amigo dos livros, dos filmes, das artes.
Tenho comigo as palavras do professor Marcos Agra, quando estudava o pré-universitário em Campina Grande: – "Leia tudo. Dos clássicos aos cordelistas, mas escolha bem as suas leituras."
Àquela altura, para um filho de uma cidade pouco afeita à literatura, já era considerável o que havia lido. Gostava dos regionalistas de 30, sobremaneira Jorge Amado, Graciliano Ramos e Érico Verissimo. Deste último, com a idade de 16, 17 anos, traçara os cinco volumes da trilogia O Tempo e o Vento, além do 'pequeno príncipe' brasileiro Olhai os Lírios do Campo e o excepcional Incidente em Antares, que considero o seu melhor romance. Um pouco de Alencar e Machado de Assis, é verdade. Este viria a ser a minha cachaça algum tempo depois.
Além deles, já conhecia um pouco da literatura portuguesa, Eça de Queirós à frente, de quem leria O Primo Basílio, O Crime do Padre Amaro, A Ilustre Casa de Ramires e Os Maias.
Entre os poetas, com frequência, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinicius de Morais. Era capaz de dizer de cor muitos dos seus poemas, o que despertaria em mim o interesse pelo teatro, que faria a partir da época de Campina Grande.
Em 1975, seria premiado como o ator revelação do ano, pela interpretação de um dos papeis centrais da peça O Palácio das Ilusões de Uma Negra, escrita a quatro mãos por Adrianne Kennedy e John Lennon, sobre a qual, não faz tempo, discorri neste mesmo espaço.
Mas foi o professor Agra quem me apresentou autores mais profundos, emprestando-me os primeiros Kafka, Wilde, Proust e um ou outro russo. Daí nasceria, também, o meu entusiasmo pela literatura francesa, sobretudo, com a descoberta de Flaubert, Zola, Balzac, Stendhal e os malditos Baudelaire, Rimbaud e Paul Verlaine.
Depois viriam Dostoiévski, Tólstoi, Górki e Tchékhov. Deste, em especial os textos teatrais me impressionavam. Ao ler as peças As Três Irmãs, A Gaivota e Tio Vânia, adquiri o hábito de ler os textos para teatro como produções literárias, uma vez que só muito raramente teria a oportunidade de vê-las montadas no palco. Veio o tempo, e me permitiu correr mundos e perigos, devorando os clássicos, da tragédia grega aos contemporâneos: Sófocles, Ésquilo, Eurípedes, incontornáveis. E Shakespeare, Pirandello, Brecht... 
Mais tarde descobriria Nelson Rodrigues, o grande gênio do teatro brasileiro e um dos nossos melhores cronistas. Ainda hoje, sempre que posso, releio Nelson, mais que isso, estudo Nelson Rodrigues, muito antes de seu teatro e suas crônicas caírem no gosto do grande público, há coisa de uns 30 ou 40 anos.
Tenho medo, leitor, que soe arrogante declinar tantos nomes de autores e obras nestas minhas memórias. Mas, ainda que correndo o risco de ser mal-entendido, vou em frente. Quero que esta coluna, bem na linha do que tem feito, suscite algum interesse pela grande literatura. É meu ofício de professor fazer despertar a curiosidade pelos bons livros, contaminar aqueles que não foram contaminados ainda com o micróbio desta doença maravilhosa que é a paixão pela arte. Se a vida, por algum golpe de sorte, que não sei bem explicar ou entender, fez-me assim, vejo nisso um tipo de milagre e quero partilhar com você as suas benesses. As boas coisas devem ser compartilhadas. Permitam-me fazê-lo, que é boa a intenção.
P.S. Enquanto escrevo a coluna, vem de Paulo Elpídio de Menezes Neto o anúncio de um "mimo", que os bibliófilos gostamos de presentear: "Oeuvres", de George Steiner, em bela edição em francês da Quarto Gallimard. 

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Mãe do medo e da covardia*

"Será que poderia haver um campo mais amplo do que... um tratado sobre a ignorância?", Francesco Petrarca (1304-1374)
O autor é conhecido por suas incursões no campo do conhecimento, tendo publicado livros incontornáveis sobre o assunto, a exemplo do clássico "O polímata: uma história cultural de Leonardo da Vinci a Susan Sontag".
Mas é seu livro mais recente que vem, particularmente, em boa hora, como a apontar caminhos para a compreensão de um tempo marcado por tantas contradições e fundamentalismos que se contrapõem à racionalidade como a entendemos em termos objetivos.
Refiro-me a "Ignorância, uma história global", Editora Vestígio, 2024, do historiador britânico Peter Burke, cuja leitura é mais que recomendável num momento em que se assiste à produção da ignorância como uma ameaça à democracia e à preservação do Estado Democrático de Direito e aos pressupostos do que se convencionou chamar de Iluminismo, ou seja, a ideia setecentista de que o conhecimento é a condição "sine qua non" para o progresso material, espiritual e, frise-se, moral.
Como a epígrafe que o autor escolheu sugere, curiosamente extraída de uma fala famosa do político brasileiro Leonel Brizola, durante um debate, "A educação não é cara. Cara mesmo é a ignorância", o livro constitui um criterioso levantamento da história da ignorância e  de como a ausência de conhecimento pode explicar o mal-estar da realidade contemporânea mundo afora, num cenário de ressurgimento de movimentos de extrema direita em diferentes países, bem na perspectiva do que ocorre no Brasil hoje.
Casado com uma brasileira, a também historiadora Maria Lúcia Pallares, professora de Cambridge, com quem escreveu um livro sobre Gilberto Freyre, Peter Burke é bom conhecedor do país, que visita com certa frequência, razão por que alude ao passado recente da política nacional e da figura do ex-presidente Jair Bolsonaro como exemplo do que existe de pior em termos de ignorância, aquela que leva (palavras minhas) tanta gente a defender o "terraplanismo", a bater continência para pneus e professar a volta do regime militar como caminho para o que considera a definitiva redenção do Brasil.
É nesse sentido, pois, que, no capítulo 11, intitulado "A ignorância na política", Burke reporta-se ao ex-presidente como verdadeiro exemplo de ignorância presidencial, bem como o seu guru norte-americano, Donald Trump, sofrendo "de ignorância em sua forma mais aguda, a de nem mesmo saber que nada sabe".
Como prova da absoluta ausência de conhecimento do "mito" da extrema direita brasileira, cita a crise do novo coronavírus de 2020, destacando a recusa de ambos, Jari Bolsonaro e Donald Trump, em compreender a seriedade do problema, criticar os epidemiologistas e defender o uso de medicamentos de eficácia duvidosa, como a hidroxicloroquina.
A abrangência do levantamento e o alcance da análise, no entanto, são muito maiores. Burke discorre sobre as diferentes formas de ignorância, de como elas se manifestaram no transcorrer da história, como cada época emite juízos imprecisos sobre seu passado: os renascentistas consideravam a Idade Média como uma era das trevas, o chamado Século das Luzes procurou vencer a superstição e a religiosidade, impondo a razão e o cientificismo como alternativas únicas para os problemas da sociedade. Vai além e chega ao mundo hodierno, enredando-se ele na realidade hiperconectada e um tanto perdido em face de suas consequências ainda imprevisíveis.
Em palavras ligeiras, portanto, "Ignorância, uma história global", de Peter Burke, é leitura de que não se deve prescindir se se tem qualquer pretensão de identificar por que, como, onde nascem as monstruosas ameaças da atualidade no campo da religião, da ciência, da política e dos negócios.
Com bela e lúcida apresentação de Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC, o livro tem no Brasil uma edição extremamente bem cuidada, tradução rigorosa de Rodrigo Seabra e, mais importante, um significado histórico que o credencia a figurar entre as grandes produções intelectuais de 2025. Confiram.
*O título da coluna dialoga com um verso de Chico Buarque de Hollanda.
 
 
 
 

terça-feira, 6 de maio de 2025

Alcatraz, fuga impossível

Em mais um de seus inqualificáveis desatinos, o presidente Donald Trump anunciou, no domingo 4, a intenção de ampliar e reabrir Alcatraz, o presídio famoso incrustado numa ilha da baía de São Francisco, na Califórnia.
A notícia, que poderia nada interessar a quem, como este escriba, não tem com os Estados Unidos qualquer relação --- e nutre pelo país assumida antipatia, diga-se em tempo --- desperta no amante do cinema, contudo, um tipo de sentimento que transita da indiferença ao comovido desconforto. Digo por quê.
Trata-se de uma das mais curiosas locações cinematográficas, cenário de alguns filmes clássicos sobre o sistema prisional americano, bem na linha de "Papillon" (1973), "Um sonho de liberdade" (1994) e, por óbvio, "Alcatraz, fuga impossível" (1979), com emblemática direção de Don Siegel e atuação soberba de Clint Eastwood.
Baseado numa história real, a tentativa de fuga de Frank Morris e dos irmãos Clarence e John Anglin, do então considerado presídio de segurança máxima do Estados Unidos, o filme marcou época em produções do gênero, não sem razão considerado um dos melhores de 1979.
Plasmado no livro conhecido de J. Campbell Bruce, o roteiro foi confiado a Richard Tuggle, que o desenvolveu à perfeição naquilo que é a essência da narrativa livresca: a capacidade de prender o leitor, de torná-lo completamente entregue à atmosfera dramática da história, fazendo-o mergulhar no conflito existencial de um homem determinado a superar a todo e qualquer custo o cerceamento de sua liberdade doentia, ela também alvo de desumanos mecanismos de punição legal, bem na linha do que o filósofo Micheal Foucault examina exemplarmente bem no incontornável "Vigiar e Punir".
Sob este aspecto, por sinal, é que se pode fazer a única restrição ao roteiro do filme: a indiferença diante das razões que antecederam o fio condutor da história, leve-se em conta que se trata de uma cinebiografia, gênero em que o documental é elemento indispensável na tessitura da narrativa fílmica.
Ao optar por contar a história de Frank Morris pelo viés psicológico, portanto, o que faz com notável capacidade de análise e visível domínio da fundamentação teórica acerca dos desajustes psiquiátricos da personagem (ou personagens!), Don Siegel, enquanto realizador, submete-se rigorosamente ao que o roteiro estabelece --- e não responde às perguntas do espectador ao final do filme: Quem foi Frank Morris? O que fez? A que se prende a sua incansável e quase irracional busca da liberdade? No livro de J. Campbell Bruce essas curiosidades são clarificadas para o leitor, porque indispensáveis para o completo entendimento da história.
Fosse uma mera obra de ficção, "Alcatraz, fuga impossível" poderia ser considerado, no gênero, um filme quase perfeito do ponto de vista cinematográfico. A tensão dramática advinda das estratégias narrativas escolhidas por Don Siegel é algo que sobrepuja clássicos sobre o sistema prisional americano*: os recursos de som e luz, a angulação da câmera e seus movimentos, a exploração do silêncio como elemento dramático, o enquadre muitas vezes claustrofóbico, a duração dos planos etc., tudo da narrativa fílmica é trabalhado por Don Siegel com esmero e rigor. Há momentos no filme, como nos planos mais abertos, em que o próprio presídio parece adquirir o status de personagem, ganhar vida e delimitar o curso da história com a impassibilidade de um membro de tribunal.
Uma das mais concorridas atrações turísticas de São Francisco, Alcatraz guarda ainda seus mistérios, sua realidade oculta, seu desumano fascínio. Visitei-o há alguns anos, adentrei seus corredores, salas, celas. Gravei vídeos, fotografei à exaustão sua tristeza, toquei, emocionado, suas paredes ainda úmidas e sujas --- o ferro frio de suas grades amarelas. Adentrei masmorras, entreguei-me em ouvidos para a música dos ventos, vindos da baía, em seus espaços vazios. Mas, acima de tudo, milagre do cinema, revi, gravadas na tela das retinas, as imagens inesquecíveis do belo filme de Don Siegel.
Trump delira. Alcatraz pertence, hoje, ao mundo da arte. E haverá de ter para sempre abertas suas grades, amarelas --- e dolorosamente tristes.
*"A rocha", (1996), de Michael Bay, com Sean Connery e Nicolas Cage, e "O homem de Alcatraz" (1962), de John Frankenheimer, com Burt Lancaster, são dois dos vários filmes ambientados em Alcatraz.