"Odeio ser mal entendido!", costuma dizer um comentarista de futebol da ESPN Brasil. É o que me ocorre quando sento diante do computador para produzir a coluna de hoje. Refiro-me ao que escrevi no blog sobre as manifestações de protesto que tomam conta das ruas do País. Em momento nenhum acenei com "críticas tendenciosas" ao movimento popular como afirma um leitor em e-mail dirigido a este cronista.
Pelo contrário, comecei por dizer que esses movimentos são próprios da democracia (e necessários contra a ditadura, o que, felizmente, não é o nosso caso), mas que urge perceber o abismo que existe entre ir às ruas para protestar, reivindicar, seja lá o que for do interesse do povo (como faz a gigantesca maioria nos movimentos de agora) e o que fazem grupos de baderneiros infiltrados nas multidões Brasil afora, promovendo um estado de desordem e aviltamento da ação política a exemplo do que, novamente, pôde-se constatar ontem em diferentes cidades brasileiras, o Rio à frente.
Critiquei, ainda (e de forma enfática), aqueles que, historicamente comprometidos com o cerceamento das lutas populares, o avanço das liberdades e dos direitos essenciais, inclusive de comer e vestir de forma digna, ou empenhados em impedir que o País seja, de fato, conduzido por um projeto ideologicamente progressista, agora posam de democratas a fim de tirar proveito da situação e tentar desestabilizar o governo da presidente Dilma Roussef.
A propósito, não queria bater nesta tecla mas me sinto provocado a fazê-lo: as manifestações ocorrem, sob as mais diferentes bandeiras, em estados governados por partidos contrários ao PT ou "taticamente" aliados ao governo. Vejamos: São Paulo (PSDB), Rio de Janeiro (PMDB), Minas Gerais (PSDB), Paraná (PSDB), Ceará (PSB) etc. Sejamos mais claros: dos atuais 27 apenas 5 são do partido da presidente: Acre, Bahia, Rio Grande do Sul, Sergipe e o Distrito Federal.
Ademais, caro leitor, agradecendo-lhe pelo comentário, devo observar que fiz política estudantil e participei, na medida das minhas imensas limitações, de lutas pela democratização do País, bem como continuo a defender, no que escrevo e faço, o direito inalienável de ir às ruas por conquistas mais amplas, contra a corrupção, por serviços de saúde e educação mais dignos para todos, por um País melhor. Sem fechar os olhos para os avanços, todavia. A minha crônica, relei-a, condena a "partidarização" dos movimentos, belíssimos!, do gigante desperto. E teme que se faça do vandalismo um instrumento de negociação, como afirmo no último parágrafo do texto. Confira.
Pelo contrário, comecei por dizer que esses movimentos são próprios da democracia (e necessários contra a ditadura, o que, felizmente, não é o nosso caso), mas que urge perceber o abismo que existe entre ir às ruas para protestar, reivindicar, seja lá o que for do interesse do povo (como faz a gigantesca maioria nos movimentos de agora) e o que fazem grupos de baderneiros infiltrados nas multidões Brasil afora, promovendo um estado de desordem e aviltamento da ação política a exemplo do que, novamente, pôde-se constatar ontem em diferentes cidades brasileiras, o Rio à frente.
Critiquei, ainda (e de forma enfática), aqueles que, historicamente comprometidos com o cerceamento das lutas populares, o avanço das liberdades e dos direitos essenciais, inclusive de comer e vestir de forma digna, ou empenhados em impedir que o País seja, de fato, conduzido por um projeto ideologicamente progressista, agora posam de democratas a fim de tirar proveito da situação e tentar desestabilizar o governo da presidente Dilma Roussef.
A propósito, não queria bater nesta tecla mas me sinto provocado a fazê-lo: as manifestações ocorrem, sob as mais diferentes bandeiras, em estados governados por partidos contrários ao PT ou "taticamente" aliados ao governo. Vejamos: São Paulo (PSDB), Rio de Janeiro (PMDB), Minas Gerais (PSDB), Paraná (PSDB), Ceará (PSB) etc. Sejamos mais claros: dos atuais 27 apenas 5 são do partido da presidente: Acre, Bahia, Rio Grande do Sul, Sergipe e o Distrito Federal.
Ademais, caro leitor, agradecendo-lhe pelo comentário, devo observar que fiz política estudantil e participei, na medida das minhas imensas limitações, de lutas pela democratização do País, bem como continuo a defender, no que escrevo e faço, o direito inalienável de ir às ruas por conquistas mais amplas, contra a corrupção, por serviços de saúde e educação mais dignos para todos, por um País melhor. Sem fechar os olhos para os avanços, todavia. A minha crônica, relei-a, condena a "partidarização" dos movimentos, belíssimos!, do gigante desperto. E teme que se faça do vandalismo um instrumento de negociação, como afirmo no último parágrafo do texto. Confira.