Eis que chegamos à segunda semana de Copa do Mundo e as minhas previsões, materializadas na coluna de sábado, vão se confirmando. Diferentemente do que anteviam o negativismo e a desfaçatez de setores da nossa 'melhor' imprensa, desconsiderados pequenos incidentes, de resto aceitáveis num evento de tamanha grandeza, o Brasil vem dando provas inequívocas de sua maturidade política, da sua irrefreável vocação para festejar a vida e receber como poucos povos do mundo são capazes de fazer.
A nota contrária, como afirmara, para a insatisfação de uns poucos, é que a nossa seleção, passos largos, vai fazendo cair a ficha dos nacionalistas de ocasião, contando com uma vitória pouco convincente contra a Croácia (para a qual terá pesado um pênalti incorretamente assinalado a seu favor) e um empate tão amarelo quanto a cor de sua camisa no jogo contra o México. Nada que se contraponha, é óbvio, entre a realidade e o sonho, contemos com uma goleada no jogo de segunda-feira, contra Camarões.
Mas, como não me permito julgamentos sem embasamento de análise, vou tentar ser claro. O time de Felipão, guardadas as qualidades, entre os onze titulares, de um ou dois jogadores acima da média, refiro-me a David Luiz e Neymar, a que se pode somar, talvez, a regularidade do capitão Thiago Silva, sempre firme no desarme e ousado nas subidas às vezes arriscadas, é bem inferior a outras seleções que tenho visto jogar, a Alemanha, por certo.
Não é preciso ser nenhum especialista em futebol, mas apenas um espectador atento, para constatar as fragilidades da canarinho: é abissal a distância que separa defesa e ataque, setor do campo em que se processam, já faz uns trinta anos no mínimo, as jogadas decisivas do futebol moderno, na linha do que fazem a própria Alemanha e a Holanda, outra grande candidata ao título, segundo posso ver. Digo isso e prevejo beicinhos de quem insiste em considerar Oscar, Paulinho e companhia jogadores extraordinários. Não são.
Ouso afirmar: temos nesta Copa do Mundo a mais débil das seleções em condições de disputar a 'taça', a mais medíocre (no sentido etimológico da palavra) das formações levadas a efeito desde 2010, quando fomos desclassificados pela Holanda naquela tarde infame na África do Sul. Exagero? Não, mas consciência de que nos falta muito para justificar qualquer otimismo já nas oitavas de final, quando teremos pela frente adversários tradicionais.
O time, que, como disse, apresenta visíveis limitações em valores individuais, é muito pior em termos coletivos. Não sabe recompor suas alternativas táticas (não há um esquema sólido) quando recupera a bola no setor defensivo, claudica nos contra-ataques, notadamente quando perde tempo com jogadas individuais de Neymar na intermediária, o que possibilita ao adversário se reestruturar defensivamente, e não tem criatividade nas proximidades da área adversária. Resta, desse modo, a expectativa de um lampejo de Neymar ou Fred, cujas qualidades técnicas são infinitamente menores que as do atacante do Barcelona.
Enfim, haverá de perguntar o leitor, não vai dar para ganhar a Copa? Sim, mas sem o brilhantismo de outrora, um feijão com arroz que mais irritará o torcedor que o levará ao delírio. Os times estão, hoje, muito mais nivelados, a exemplo do que posso ver, mesmo na sala onde escrevo esta coluna, na tevê: Costa Rica põe a Itália na roda e está a poucos minutos do final. Depois da Espanha, é a Inglaterra que fará suas malas. O resultado, assim, indica aquele que deverá ser o melhor jogo da competição: Itália e Uruguai. Pedreira. Mas, dizia eu há pouco, confirma-se o que sempre achei ser possível: o Brasil realiza uma Copa do Mundo que ficará na História. Positivamente, é bom lembrar.
A nota contrária, como afirmara, para a insatisfação de uns poucos, é que a nossa seleção, passos largos, vai fazendo cair a ficha dos nacionalistas de ocasião, contando com uma vitória pouco convincente contra a Croácia (para a qual terá pesado um pênalti incorretamente assinalado a seu favor) e um empate tão amarelo quanto a cor de sua camisa no jogo contra o México. Nada que se contraponha, é óbvio, entre a realidade e o sonho, contemos com uma goleada no jogo de segunda-feira, contra Camarões.
Mas, como não me permito julgamentos sem embasamento de análise, vou tentar ser claro. O time de Felipão, guardadas as qualidades, entre os onze titulares, de um ou dois jogadores acima da média, refiro-me a David Luiz e Neymar, a que se pode somar, talvez, a regularidade do capitão Thiago Silva, sempre firme no desarme e ousado nas subidas às vezes arriscadas, é bem inferior a outras seleções que tenho visto jogar, a Alemanha, por certo.
Não é preciso ser nenhum especialista em futebol, mas apenas um espectador atento, para constatar as fragilidades da canarinho: é abissal a distância que separa defesa e ataque, setor do campo em que se processam, já faz uns trinta anos no mínimo, as jogadas decisivas do futebol moderno, na linha do que fazem a própria Alemanha e a Holanda, outra grande candidata ao título, segundo posso ver. Digo isso e prevejo beicinhos de quem insiste em considerar Oscar, Paulinho e companhia jogadores extraordinários. Não são.
Ouso afirmar: temos nesta Copa do Mundo a mais débil das seleções em condições de disputar a 'taça', a mais medíocre (no sentido etimológico da palavra) das formações levadas a efeito desde 2010, quando fomos desclassificados pela Holanda naquela tarde infame na África do Sul. Exagero? Não, mas consciência de que nos falta muito para justificar qualquer otimismo já nas oitavas de final, quando teremos pela frente adversários tradicionais.
O time, que, como disse, apresenta visíveis limitações em valores individuais, é muito pior em termos coletivos. Não sabe recompor suas alternativas táticas (não há um esquema sólido) quando recupera a bola no setor defensivo, claudica nos contra-ataques, notadamente quando perde tempo com jogadas individuais de Neymar na intermediária, o que possibilita ao adversário se reestruturar defensivamente, e não tem criatividade nas proximidades da área adversária. Resta, desse modo, a expectativa de um lampejo de Neymar ou Fred, cujas qualidades técnicas são infinitamente menores que as do atacante do Barcelona.
Enfim, haverá de perguntar o leitor, não vai dar para ganhar a Copa? Sim, mas sem o brilhantismo de outrora, um feijão com arroz que mais irritará o torcedor que o levará ao delírio. Os times estão, hoje, muito mais nivelados, a exemplo do que posso ver, mesmo na sala onde escrevo esta coluna, na tevê: Costa Rica põe a Itália na roda e está a poucos minutos do final. Depois da Espanha, é a Inglaterra que fará suas malas. O resultado, assim, indica aquele que deverá ser o melhor jogo da competição: Itália e Uruguai. Pedreira. Mas, dizia eu há pouco, confirma-se o que sempre achei ser possível: o Brasil realiza uma Copa do Mundo que ficará na História. Positivamente, é bom lembrar.