Começo por evidenciar que não seria eleitor de Eduardo Campos. Ao que acrescento: a forma como rompeu com o Planalto, de cujo projeto de governar participou até lançar-se como pretenso candidato à Presidência, pelo PSB, não condiz com o que sabemos dele, um político de posições modernas e um entusiasta do ideário socialista.
Até aí, como se vê, nada que me feche os olhos para o que o político promissor representava para o País, colocando-se como uma alternativa a meio caminho entre a continuidade e o retrocesso, emblematicamente personificados por Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores) e Aécio Neves, do PSDB.
Sua morte, prematura e trágica, como é comum a todos aqueles que sabem separar os fatos, provocou-me uma tristeza imensa, um sentimento de que o destino fora longe demais agora, como que a errar o alvo de forma brutal.
Eduardo Campos tinha 49 anos, era um líder carismático e, como mostrou a televisão, um chefe de família exemplar. O filme em que os filhos o exaltam, no Dia dos Pais, cortou-me o coração, a inocência do bebê de três meses, objeto do carinho da mãe e dos irmãos, fora do enquadramento da câmera, a confirmar a beleza do instante.
Na noite que antecedeu o desastre, acompanhei atentamente sua entrevista durante o Jornal Nacional, e, mais tarde, na Globo News, sua conversa com a jornalista Renata Lo Prete. Sua visão de mundo e dos caminhos pelos quais sonhava inserir o Brasil no cenário das relações internacionais, se eleito, fizeram-me repensar algumas convicções do que, como cidadão, entendo ser o melhor para todos nós, brasileiros. No mínimo, confesso, fui dormir com impressões pessoais otimistas na hipótese de um segundo turno: Eduardo Campos olha para a frente. Não apoiará Aécio!
O fato é que o destino se impôs, com suas armas quase sempre traiçoeiras. Eduardo Campos é, como diria Drummond, "apenas um quadro na parede, mas como dói!", é a voz unânime daqueles que o conheceram, e que, inconsoláveis, pranteiam hoje a sua partida pavorosa.
Nesse contexto, pois, é que em igual proporção, surpreende e revolta como agiram nas redes sociais, mal se consumara o fato, algumas pessoas da chamada elite cearense, odiosas em sua maldade "brincalhona" e levianas em sua forma de encarar a dor alheia -- para não falar (claro!) da motivação desavisada e doentia de querer tirar proveito politiqueiro mesmo diante de um fato que, por oportuno, lhes deveria lembrar a velha lição: dinheiro, posição social, prestígio etc., de que valem no final das contas?
Refiro-me à mesma gente que bate lábios diante do altar toda semana e que, num gesto abominável, agora enche as páginas da Rede com mensagens em que Dilma Rousseff, vestida à Satanás, é identificada como responsável pela morte de Eduardo Campos. O que falta mais?
Até aí, como se vê, nada que me feche os olhos para o que o político promissor representava para o País, colocando-se como uma alternativa a meio caminho entre a continuidade e o retrocesso, emblematicamente personificados por Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores) e Aécio Neves, do PSDB.
Sua morte, prematura e trágica, como é comum a todos aqueles que sabem separar os fatos, provocou-me uma tristeza imensa, um sentimento de que o destino fora longe demais agora, como que a errar o alvo de forma brutal.
Eduardo Campos tinha 49 anos, era um líder carismático e, como mostrou a televisão, um chefe de família exemplar. O filme em que os filhos o exaltam, no Dia dos Pais, cortou-me o coração, a inocência do bebê de três meses, objeto do carinho da mãe e dos irmãos, fora do enquadramento da câmera, a confirmar a beleza do instante.
Na noite que antecedeu o desastre, acompanhei atentamente sua entrevista durante o Jornal Nacional, e, mais tarde, na Globo News, sua conversa com a jornalista Renata Lo Prete. Sua visão de mundo e dos caminhos pelos quais sonhava inserir o Brasil no cenário das relações internacionais, se eleito, fizeram-me repensar algumas convicções do que, como cidadão, entendo ser o melhor para todos nós, brasileiros. No mínimo, confesso, fui dormir com impressões pessoais otimistas na hipótese de um segundo turno: Eduardo Campos olha para a frente. Não apoiará Aécio!
O fato é que o destino se impôs, com suas armas quase sempre traiçoeiras. Eduardo Campos é, como diria Drummond, "apenas um quadro na parede, mas como dói!", é a voz unânime daqueles que o conheceram, e que, inconsoláveis, pranteiam hoje a sua partida pavorosa.
Nesse contexto, pois, é que em igual proporção, surpreende e revolta como agiram nas redes sociais, mal se consumara o fato, algumas pessoas da chamada elite cearense, odiosas em sua maldade "brincalhona" e levianas em sua forma de encarar a dor alheia -- para não falar (claro!) da motivação desavisada e doentia de querer tirar proveito politiqueiro mesmo diante de um fato que, por oportuno, lhes deveria lembrar a velha lição: dinheiro, posição social, prestígio etc., de que valem no final das contas?
Refiro-me à mesma gente que bate lábios diante do altar toda semana e que, num gesto abominável, agora enche as páginas da Rede com mensagens em que Dilma Rousseff, vestida à Satanás, é identificada como responsável pela morte de Eduardo Campos. O que falta mais?