Quem já entrou numa academia de musculação sabe: o que há de marmanjo de frente para o espelho, fazendo aquelas poses ridículas é espantoso. Um tipo de narcisismo que era próprio das mulheres e que, de uns tempos para cá, parece mesmo ser um comportamento tipicamente masculino. Um certo padrão masculino, fique bem evidenciado. Na que frequento, em BH, dia desses havia uma rodinha de garotas avaliando esse comportamento autocentrado da 'homarada' e, até onde pude escutar, da esteira em que corria feito um panaca a fim de perder uns quilinhos, nem todas elas 'babam' diante das tais barrigas de tanquinho. Menos mal, pensei com os meus botões.
Há pouco, chegando em casa depois de muito sofrimento entre supinos e abdutores, deparo com um e-mail engraçadíssimo que uma amiga me enviou. Trata-se de uma crônica de autoria de uma psicóloga e sexóloga chamada Carla Moura, 42, sobre quem, confesso, jamais ouvira falar. O texto, vazado numa linguagem entre literária e oral, como é próprio do gênero, traz afirmações hilárias. Dirigindo-se às mulheres, claro, se não firo com esta observação alguma regra do politicamente correto, a sexóloga abre o texto com o que afirma ser um conselho valioso: - "Se você acabou de conhecer um rapaz, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga. Se for musculosa, estilo Tarzan, torneada, tipo 'tanquinho', fuja filha!"
"Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância bem segura. É fria, vai por mim!", e passa a desfiar o seu rosário de constatações de matar de rir. Para ela, "Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chope, se não, não presta ou é viado" (sic). E solta uma observação que, pelo menos para o meu lado mais conservador, tem lá sua pitada de verdade: - "Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão".
A cronista, a uma dada altura, no entanto, dá a ver um pouco de sua plástica, que suponho não seja aquela 'tudo em cima'. Do do ponto de vista estilístico, porém, a tirada revela um traço do seu talento como escritora, que gostaria de elogiar: - "E você não será informada sobre quantas calorias tem (sic) no seu copo de cerveja, porque eles [os barrigudinhos] não sabem e nem se importam. Esses homens -- diz ela -- entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar".
E o texto vai deslizando para o prazer da gula, no sentido figurado e literal, repare bem: - "Basta dar duas vezes por semana pra ele que tudo está maravilhoso. Se souber cozinhar, então!, mulher, se joga... Encontrou a sorte grande amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, até as que viu na tevê, e nunca torcerá o nariz quando repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz". E arremata, vitoriosa e convicta: - "O Dia Internacional da Barriga está chegando. Quem gosta de homem sarado... Chega de viadagem!" (sic).
Se a tese da cronista tem fundamento ou não, não posso afirmar... Mas que deu coragem para encarar um chope com picanha no happy hour do barzinho, não nego!
Há pouco, chegando em casa depois de muito sofrimento entre supinos e abdutores, deparo com um e-mail engraçadíssimo que uma amiga me enviou. Trata-se de uma crônica de autoria de uma psicóloga e sexóloga chamada Carla Moura, 42, sobre quem, confesso, jamais ouvira falar. O texto, vazado numa linguagem entre literária e oral, como é próprio do gênero, traz afirmações hilárias. Dirigindo-se às mulheres, claro, se não firo com esta observação alguma regra do politicamente correto, a sexóloga abre o texto com o que afirma ser um conselho valioso: - "Se você acabou de conhecer um rapaz, tente disfarçadamente descobrir como é sua barriga. Se for musculosa, estilo Tarzan, torneada, tipo 'tanquinho', fuja filha!"
"Comece a correr agora e só pare quando estiver a uma distância bem segura. É fria, vai por mim!", e passa a desfiar o seu rosário de constatações de matar de rir. Para ela, "Homem bom de verdade precisa, obrigatoriamente, ostentar uma barriguinha de chope, se não, não presta ou é viado" (sic). E solta uma observação que, pelo menos para o meu lado mais conservador, tem lá sua pitada de verdade: - "Você nunca verá um homem barrigudinho tirando a camisa dentro de uma boate e dançando como um idiota, em cima do balcão".
A cronista, a uma dada altura, no entanto, dá a ver um pouco de sua plástica, que suponho não seja aquela 'tudo em cima'. Do do ponto de vista estilístico, porém, a tirada revela um traço do seu talento como escritora, que gostaria de elogiar: - "E você não será informada sobre quantas calorias tem (sic) no seu copo de cerveja, porque eles [os barrigudinhos] não sabem e nem se importam. Esses homens -- diz ela -- entendem que, se eles não estão em forma perfeita o tempo todo, você também não precisa estar".
E o texto vai deslizando para o prazer da gula, no sentido figurado e literal, repare bem: - "Basta dar duas vezes por semana pra ele que tudo está maravilhoso. Se souber cozinhar, então!, mulher, se joga... Encontrou a sorte grande amiga. Ele vai fazer pra você todas as delícias que sabe, até as que viu na tevê, e nunca torcerá o nariz quando repetir o prato. Pelo contrário, ficará feliz". E arremata, vitoriosa e convicta: - "O Dia Internacional da Barriga está chegando. Quem gosta de homem sarado... Chega de viadagem!" (sic).
Se a tese da cronista tem fundamento ou não, não posso afirmar... Mas que deu coragem para encarar um chope com picanha no happy hour do barzinho, não nego!