Eis que termina 2013. Confesso que não esperei muito de um ano assim tão marcado de superstição. Não que seja desses que nutrem crenças sem fundamento na razão ou que temem coisas inócuas, por mais que seja um homem afeito às subjetividades e crente na existência de Deus. Mas é que esse número traz coincidências fortuitas que chegam mesmo a impressionar. Primitivismo religioso? Vá lá que seja, que de mago e feiticeiro cada um tem um pouco. Mas o ano foi bom.
Que deem um desconto no que houver de egotista na conversa, termina 2013 com um saldo para além de positivo. O Saulo terminou Medicina e a Carol, que nem o pai, resolve enveredar pelo mundo das Artes, mais precisamente pela Arquitetura, uma de suas paixões. A outra fica a meio caminho do cinema e da Literatura. Quando menina, contando nove, dez anos, já escrevia seus poemas, tendo concluído dois "livros", como chamava os cadernos de arame em que guardava seus escritos.
Um dia, entre orgulhoso e sonhador, tomei nas mãos os tais cadernos com o firme propósito de providenciar sua publicação, para o que cheguei a contratar com uma editora conhecida da cidade. Quis o destino, este eventual inimigo das letras, que alguma diarista menos atenta tenha dado fim aos poemas de Carol, pelo que, sem lugar para colocar as mãos, valho-me desta conversa para apresentar à 'poeta' as minhas escusas, já meio fora de mão.
O ano termina e termina bem, na contramão do que desejavam as aves do mau agouro. O Brasil que vejo, apesar dos pesares, é diferente daquele que veem alguns amigos, que, inconformados, não param de me mandar um vasto material de perseguição a Lula e ao PT, num tipo de imaturidade e despreparo político que mal se equilibra entre o engraçado e o irrisório.
E haja baixaria de toda ordem, das montagens grosseiras, com "fotos" do ex-presidente nas mais impensáveis condições, aos textos asquerosos de Reinaldo Azevedo na Veja e na Folha de S. Paulo, a exemplo do que estampa o matutino paulista em sua edição de ontem, 27 de dezembro.
Vejo o Brasil das conquistas sociais, o Brasil de dentes brancos, de barrigas cheias; o Brasil com filhos na Escola, o Brasil dos pobres remediados -- e, agora, assistidos nos postos de saúde e nos hospitais dos mais longínquos rincões; vejo o Brasil dos celulares nas mãos, dos aeroportos mestiços, dos shoppings repletos de gente que só podia vê-los pela televisão. Vejo o Brasil de pessoas mais felizes, mais bonitas, o Brasil que trabalha como nunca, em tempo algum, que o desemprego desceu a índices mais baixos e mais humanos. Vejo este Brasil, que muitos não querem ver.
Digo isso sem fechar os olhos para os nossos imensos problemas, mesmo em termos de saúde e de educação; mesmo em termos de renda, de segurança, de transportes. Digo isso sem perder a capacidade de me indignar com a corrupção, com os políticos canalhas, com a barbárie nos presídios do Maranhão, com os assaltos que parecem tomar conta do Ceará e da maioria das capitais brasileiras.
Mas é preciso ter olhos para ver o que de bom se tem feito pelos quatros cantos desse imenso país. E é por isso que, para mim, 2013 termina como um ano de muitos avanços. Que venha o Ano Novo, e que venha bom como o ano que termina, para os mais diferentes olhos e olhares, mentes e corações! Agora fale você!
Que deem um desconto no que houver de egotista na conversa, termina 2013 com um saldo para além de positivo. O Saulo terminou Medicina e a Carol, que nem o pai, resolve enveredar pelo mundo das Artes, mais precisamente pela Arquitetura, uma de suas paixões. A outra fica a meio caminho do cinema e da Literatura. Quando menina, contando nove, dez anos, já escrevia seus poemas, tendo concluído dois "livros", como chamava os cadernos de arame em que guardava seus escritos.
Um dia, entre orgulhoso e sonhador, tomei nas mãos os tais cadernos com o firme propósito de providenciar sua publicação, para o que cheguei a contratar com uma editora conhecida da cidade. Quis o destino, este eventual inimigo das letras, que alguma diarista menos atenta tenha dado fim aos poemas de Carol, pelo que, sem lugar para colocar as mãos, valho-me desta conversa para apresentar à 'poeta' as minhas escusas, já meio fora de mão.
O ano termina e termina bem, na contramão do que desejavam as aves do mau agouro. O Brasil que vejo, apesar dos pesares, é diferente daquele que veem alguns amigos, que, inconformados, não param de me mandar um vasto material de perseguição a Lula e ao PT, num tipo de imaturidade e despreparo político que mal se equilibra entre o engraçado e o irrisório.
E haja baixaria de toda ordem, das montagens grosseiras, com "fotos" do ex-presidente nas mais impensáveis condições, aos textos asquerosos de Reinaldo Azevedo na Veja e na Folha de S. Paulo, a exemplo do que estampa o matutino paulista em sua edição de ontem, 27 de dezembro.
Vejo o Brasil das conquistas sociais, o Brasil de dentes brancos, de barrigas cheias; o Brasil com filhos na Escola, o Brasil dos pobres remediados -- e, agora, assistidos nos postos de saúde e nos hospitais dos mais longínquos rincões; vejo o Brasil dos celulares nas mãos, dos aeroportos mestiços, dos shoppings repletos de gente que só podia vê-los pela televisão. Vejo o Brasil de pessoas mais felizes, mais bonitas, o Brasil que trabalha como nunca, em tempo algum, que o desemprego desceu a índices mais baixos e mais humanos. Vejo este Brasil, que muitos não querem ver.
Digo isso sem fechar os olhos para os nossos imensos problemas, mesmo em termos de saúde e de educação; mesmo em termos de renda, de segurança, de transportes. Digo isso sem perder a capacidade de me indignar com a corrupção, com os políticos canalhas, com a barbárie nos presídios do Maranhão, com os assaltos que parecem tomar conta do Ceará e da maioria das capitais brasileiras.
Mas é preciso ter olhos para ver o que de bom se tem feito pelos quatros cantos desse imenso país. E é por isso que, para mim, 2013 termina como um ano de muitos avanços. Que venha o Ano Novo, e que venha bom como o ano que termina, para os mais diferentes olhos e olhares, mentes e corações! Agora fale você!