Para auscultar o coração de um povo, não se precisa de um estetoscópio. Basta ter coração!
(Ernesto Che Guevara, médico argentino)
(Ernesto Che Guevara, médico argentino)
Escrevo a coluna de hoje da cidade de Barbalha. Vim para participar da festa de conclusão de curso do meu filho Saulo, pela Universidade Federal do Ceará.
Durante a viagem de deslocamento, sob o efeito da emoção que sente todo pai em momento, assim, particularmente marcante na vida de um filho, passei em revista a história desse "menino" que começa a sua trajetória como médico aos 25 anos e dominado por tantos sonhos, tanta vontade de servir às pessoas com os instrumentos de uma profissão a um tempo tão nobre e tão desafiadora, num país ainda desigual e injusto como o nosso.
Guardo de cor, porque tantas vezes lida, a dedicatória com que abre o seu convite para as muitas solenidades de formatura, e da qual reproduzo, aqui, um fragmento particularmente tocante do que diz: - "Minha história até aqui tem sido rica de aprendizado, boas experiências e momentos inesquecíveis. Devo isso a Deus (mais que tudo!), aos (muitos) grandes amigos e à minha família. Mãe, pai, Beto, Carol, Mariana e Juliana, a vocês dedico esse diploma e tudo de melhor que vier por meio dele. Também a vovó Zulene e Igor, que vão estar presentes comigo sempre que eu conseguir fazer mais feliz a vida de quem comigo encontrar".
"Fazer feliz a vida de quem comigo encontrar". Nessas poucas palavras, tenho refletido desde o momento que as li pela primeira vez, descubro o segredo do que deveria ser a existência humana, essa vontade interior de contribuir, dentro das possibilidades de cada um, no árduo processo de construção de um mundo mais feliz -- ou, quando a felicidade não for de todo possível, um mundo em que seja "menos dolorosa" a vida de todas as pessoas!
Tenho feito preces a Deus para que Saulo, e, indistintamente, todos aqueles que neste final de ano terminam suas faculdades, possam, como disse ele, "por tudo de melhor que venha pelos meios de seus diplomas", estar mesmo atentos a esse desejo interior, tão simples e tão profundo, carregado de tantos e imponderáveis sentidos e significados.
"Fazer mais feliz ou menos dolorosa a vida de quem encontrar comigo". Eis o segredo da existência humana, aquele que deveria se tornar a razão de viver de cada um de nós, o segredo a que se reportou Dostoiévski a uma dada altura de sua vida: - "O segredo da existência humana consiste em se achar uma razão de viver".
Que esses novos médicos, assim como os novos advogados, professores, arquitetos, os novos 'formados' que iniciam a partir de agora suas caminhadas, independentemente da profissão escolhida, acrescentem aos seus muitos sonhos, naturais a esta altura de suas vidas, esta bela razão de viver: "Fazer mais feliz ou menos dolorosa a vida das pessoas"!
No final de sua dedicatória, Saulo, que foi escolhido como o orador da turma, arremata com duas ou três palavras o seu desejo: - "Que o fim desse curso seja o início de um caminho longo e frutífero, guiado pela ética, pela gratidão e pela competência!" Que Deus torne possível o seu sonho e dos seus colegas! E que eles jamais esqueçam do juramento feito em clima de festa!
Durante a viagem de deslocamento, sob o efeito da emoção que sente todo pai em momento, assim, particularmente marcante na vida de um filho, passei em revista a história desse "menino" que começa a sua trajetória como médico aos 25 anos e dominado por tantos sonhos, tanta vontade de servir às pessoas com os instrumentos de uma profissão a um tempo tão nobre e tão desafiadora, num país ainda desigual e injusto como o nosso.
Guardo de cor, porque tantas vezes lida, a dedicatória com que abre o seu convite para as muitas solenidades de formatura, e da qual reproduzo, aqui, um fragmento particularmente tocante do que diz: - "Minha história até aqui tem sido rica de aprendizado, boas experiências e momentos inesquecíveis. Devo isso a Deus (mais que tudo!), aos (muitos) grandes amigos e à minha família. Mãe, pai, Beto, Carol, Mariana e Juliana, a vocês dedico esse diploma e tudo de melhor que vier por meio dele. Também a vovó Zulene e Igor, que vão estar presentes comigo sempre que eu conseguir fazer mais feliz a vida de quem comigo encontrar".
"Fazer feliz a vida de quem comigo encontrar". Nessas poucas palavras, tenho refletido desde o momento que as li pela primeira vez, descubro o segredo do que deveria ser a existência humana, essa vontade interior de contribuir, dentro das possibilidades de cada um, no árduo processo de construção de um mundo mais feliz -- ou, quando a felicidade não for de todo possível, um mundo em que seja "menos dolorosa" a vida de todas as pessoas!
Tenho feito preces a Deus para que Saulo, e, indistintamente, todos aqueles que neste final de ano terminam suas faculdades, possam, como disse ele, "por tudo de melhor que venha pelos meios de seus diplomas", estar mesmo atentos a esse desejo interior, tão simples e tão profundo, carregado de tantos e imponderáveis sentidos e significados.
"Fazer mais feliz ou menos dolorosa a vida de quem encontrar comigo". Eis o segredo da existência humana, aquele que deveria se tornar a razão de viver de cada um de nós, o segredo a que se reportou Dostoiévski a uma dada altura de sua vida: - "O segredo da existência humana consiste em se achar uma razão de viver".
Que esses novos médicos, assim como os novos advogados, professores, arquitetos, os novos 'formados' que iniciam a partir de agora suas caminhadas, independentemente da profissão escolhida, acrescentem aos seus muitos sonhos, naturais a esta altura de suas vidas, esta bela razão de viver: "Fazer mais feliz ou menos dolorosa a vida das pessoas"!
No final de sua dedicatória, Saulo, que foi escolhido como o orador da turma, arremata com duas ou três palavras o seu desejo: - "Que o fim desse curso seja o início de um caminho longo e frutífero, guiado pela ética, pela gratidão e pela competência!" Que Deus torne possível o seu sonho e dos seus colegas! E que eles jamais esqueçam do juramento feito em clima de festa!
Prezado Álder
ResponderExcluirParabéns pela meta alcançada pelo "pimpolho". Imagino o quão estufado está o coração do "painho". Desejo muito sucesso ao Saulo.
Um forte abraço
José Luiz