Nesta quinta-feira 13, faz um ano do desastre que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Até agora, no entanto, não se sabe de quem era o avião em que viajava. Aos que têm criticado as posições políticas deste colunista, a propósito, levanto uma reflexão: onde está a Justiça brasileira? O que explica que a reconhecida capacidade de investigação da Polícia Federal tenha sido incapaz de identificar quem era o proprietário do jatinho que vitimou o então candidato a presidente? Vou além: fosse um político ligado ao PT o fato estaria ou não na primeira página dos nossos melhores jornais?
Enquanto isso, Natália Monte, a juíza a quem caberia determinar a indenização dos prejuízos causados pelo desastre limita-se à afirmação de que "a obscuridade" do proprietário do avião "torna inviável a reparação". Não há negar: no Brasil de hoje existem dois pesos e duas medidas, duas formas de encarar a dura realidade política e institucional. Essa aeronave tem registro na Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC - e deixava a descoberto na sua fuselagem um prefixo, pousou e decolou em aeroportos de todo o País, levou Eduardo Campos aonde lhe convinha durante a campanha para a Presidência da República. Então? Por que o silêncio?
Como afirmou um conhecido jornalista, "O nível de competência que a Polícia Federal alcançou não admite a hipótese de dificuldade, por menor que fosse, para identificar a propriedade do avião". O caso, bem na esteira do que ocorreu ao aeroporto de Aécio Neves em Minas, será dentro em pouco engavetado, sob a chancela indecente de uma Justiça que enxerga aquilo que lhe interessa, da forma que lhe convém, num jogo de esconde-esconde com que tenta encobrir os muitos e muitos escândalos envolvendo políticos do PSDB, a exemplo do metrô de São Paulo, a exemplo do mensalão tucano, a exemplo do helicóptero abarrotado de cocaína no interior de Minas Gerais, da compra de votos para a reeleição de FHC e por aí vai.
Dor e sofrimento de familiares e amigos de Eduardo Campos à parte, decorrido um ano do desastre que o ceifou, é oportuno lembrar que o nome do ex-governador está diretamente ligado a fatos investigados pela operação Lava Jato que atingem algo em torno dos R$ 20 milhões. Nenhum desses, todavia, minimamente esclarecido até aqui, numa coincidência irônica de que no Brasil se identificam os "jatos" ao sabor das conveniências partidárias e dos interesses de uma imprensa tendenciosa e desprovida de sentido moral.
Enquanto isso, sob a bandeira do PSDB, no domingo 16, prevista para ocorrer nas principais cidades do País, aquela que deverá ser, em termos numéricos, a maior manifestação em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Contará, somente em São Paulo, com cerca de dez carros de som. Dentre esses, pelos menos três serão utilizados em defesa explícita de uma intervenção militar.
Enquanto isso, Natália Monte, a juíza a quem caberia determinar a indenização dos prejuízos causados pelo desastre limita-se à afirmação de que "a obscuridade" do proprietário do avião "torna inviável a reparação". Não há negar: no Brasil de hoje existem dois pesos e duas medidas, duas formas de encarar a dura realidade política e institucional. Essa aeronave tem registro na Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC - e deixava a descoberto na sua fuselagem um prefixo, pousou e decolou em aeroportos de todo o País, levou Eduardo Campos aonde lhe convinha durante a campanha para a Presidência da República. Então? Por que o silêncio?
Como afirmou um conhecido jornalista, "O nível de competência que a Polícia Federal alcançou não admite a hipótese de dificuldade, por menor que fosse, para identificar a propriedade do avião". O caso, bem na esteira do que ocorreu ao aeroporto de Aécio Neves em Minas, será dentro em pouco engavetado, sob a chancela indecente de uma Justiça que enxerga aquilo que lhe interessa, da forma que lhe convém, num jogo de esconde-esconde com que tenta encobrir os muitos e muitos escândalos envolvendo políticos do PSDB, a exemplo do metrô de São Paulo, a exemplo do mensalão tucano, a exemplo do helicóptero abarrotado de cocaína no interior de Minas Gerais, da compra de votos para a reeleição de FHC e por aí vai.
Dor e sofrimento de familiares e amigos de Eduardo Campos à parte, decorrido um ano do desastre que o ceifou, é oportuno lembrar que o nome do ex-governador está diretamente ligado a fatos investigados pela operação Lava Jato que atingem algo em torno dos R$ 20 milhões. Nenhum desses, todavia, minimamente esclarecido até aqui, numa coincidência irônica de que no Brasil se identificam os "jatos" ao sabor das conveniências partidárias e dos interesses de uma imprensa tendenciosa e desprovida de sentido moral.
Enquanto isso, sob a bandeira do PSDB, no domingo 16, prevista para ocorrer nas principais cidades do País, aquela que deverá ser, em termos numéricos, a maior manifestação em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Contará, somente em São Paulo, com cerca de dez carros de som. Dentre esses, pelos menos três serão utilizados em defesa explícita de uma intervenção militar.
A atmosfera, como se vê, é de golpe.
Há uma grande distância no tempo, o País viveu o mesmo sentimento oriundo de sua elite insatisfeita com os avanços sociais propostos por João Goulart. Tudo muito parecido com o que se vê agora. Faltará, entre outras coisas, a figura conspiradora de Carlos Lacerda, governador do extinto estado da Guanabara. De sua confortável varanda na divisa do Leblon com Ipanema, entretanto, com o mesmo olhar de abutre sobre a carniça, haverá Aécio Neves. Triste Brasil.
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