O caso é antigo e do conhecimento de muita gente, mas só agora vem a público com riqueza de detalhes: o ex-presidente FHC, à época dos seus dois mandatos (1995-2002), mantinha uma relação extraconjugal com Mirian Dutra, então jornalista da rede Globo.
O fato, irrelevante do ponto de vista jornalístico, posto que diz respeito à vida privada do homem, ganha relevo por evidenciar o falso moralismo de FHC. Não pela traição a Ruth Cardoso, insisto, mas por envolver outros fatos, agora suficientes para evidenciar que, por trás da máscara, há o cabotino, empenhado em tirar vantagens do cargo que ocupa. Coisa inexpressiva, sabe-se, diante do conjunto de podridão do que se convencionou chamar de Privataria Tucana.
No caso em foco, documentos dão a ver que o ex-presidente usava a Brasif S.A. Exportação e Importação para transferir dinheiro para a amante. Mais grave: o dinheiro tinha origem num contrato fictício de trabalho e torna explícita a parceria entre FHC e o empresário Jonas Barcellos, isto é, troca de favores ilícitos. Explico-me.
Segundo Mirian Dutra, jamais desempenhou qualquer serviço celebrado no contrato, "acompanhamento e análise de mercado de vendas a varejo a viajantes". Excentricidade à parte, o mecanismo caracteriza uma forma de burlar a legislação, bem como põe à prova que FHC usava de sua amizade com o empresário Jonas Barcellos, dono da Brasif, importante conglomerado empresarial que atua em diversos setores, como vendas e aluguel de equipamentos pesados, biotecnologia de animal e varejo de vestuário, para ocultar a operação de interesse pessoal. Numa palavra: crime.
Esta semana, a ex-jornalista da Globo concedeu entrevista à Folha de S. Paulo e revelou detalhes de como foi a sua relação com FHC. Afirmou que o ex-presidente assumiu as despesas do filho Tomás, a quem, inclusive, deu um apartamento em Barcelona no valor de um milhão de reais, em 2015.
Mirian diz que o filho é mesmo de FHC, embora os resultados do exame de DNA tenham negado a paternidade, o que, para ela, demonstra que FHC "criou" o resultado a fim de poupar-se de maiores responsabilidades. Falou, ainda, que, grávida, resistiu à pressão do amante no sentido de que fizesse o aborto. Vai além: fez, depois, pelo menos dois abortos por exigência do ex-presidente tucano.
FHC, que há poucos dias exigia esclarecimentos do ex-presidente Lula, sobre suposto interesse em adquirir um apartamento no Guarujá-SP, quando presidente, tem agora a oportunidade de dar exemplo e deslindar os mecanismos, confirmados, usados por ele para transferir ilegalmente dinheiro para o exterior, de explicitar a compra do apartamento do "filho" Tomás, de vir a público para tentar construir sua defesa, em que pese a recorrente omissão de um Judiciário tendencioso e omisso em tudo que diz respeito às falcatruas do ex-presidente e de seus sequazes do PSDB.
Onde está o juiz Sergio Moro?
O fato, irrelevante do ponto de vista jornalístico, posto que diz respeito à vida privada do homem, ganha relevo por evidenciar o falso moralismo de FHC. Não pela traição a Ruth Cardoso, insisto, mas por envolver outros fatos, agora suficientes para evidenciar que, por trás da máscara, há o cabotino, empenhado em tirar vantagens do cargo que ocupa. Coisa inexpressiva, sabe-se, diante do conjunto de podridão do que se convencionou chamar de Privataria Tucana.
No caso em foco, documentos dão a ver que o ex-presidente usava a Brasif S.A. Exportação e Importação para transferir dinheiro para a amante. Mais grave: o dinheiro tinha origem num contrato fictício de trabalho e torna explícita a parceria entre FHC e o empresário Jonas Barcellos, isto é, troca de favores ilícitos. Explico-me.
Segundo Mirian Dutra, jamais desempenhou qualquer serviço celebrado no contrato, "acompanhamento e análise de mercado de vendas a varejo a viajantes". Excentricidade à parte, o mecanismo caracteriza uma forma de burlar a legislação, bem como põe à prova que FHC usava de sua amizade com o empresário Jonas Barcellos, dono da Brasif, importante conglomerado empresarial que atua em diversos setores, como vendas e aluguel de equipamentos pesados, biotecnologia de animal e varejo de vestuário, para ocultar a operação de interesse pessoal. Numa palavra: crime.
Esta semana, a ex-jornalista da Globo concedeu entrevista à Folha de S. Paulo e revelou detalhes de como foi a sua relação com FHC. Afirmou que o ex-presidente assumiu as despesas do filho Tomás, a quem, inclusive, deu um apartamento em Barcelona no valor de um milhão de reais, em 2015.
Mirian diz que o filho é mesmo de FHC, embora os resultados do exame de DNA tenham negado a paternidade, o que, para ela, demonstra que FHC "criou" o resultado a fim de poupar-se de maiores responsabilidades. Falou, ainda, que, grávida, resistiu à pressão do amante no sentido de que fizesse o aborto. Vai além: fez, depois, pelo menos dois abortos por exigência do ex-presidente tucano.
FHC, que há poucos dias exigia esclarecimentos do ex-presidente Lula, sobre suposto interesse em adquirir um apartamento no Guarujá-SP, quando presidente, tem agora a oportunidade de dar exemplo e deslindar os mecanismos, confirmados, usados por ele para transferir ilegalmente dinheiro para o exterior, de explicitar a compra do apartamento do "filho" Tomás, de vir a público para tentar construir sua defesa, em que pese a recorrente omissão de um Judiciário tendencioso e omisso em tudo que diz respeito às falcatruas do ex-presidente e de seus sequazes do PSDB.
Onde está o juiz Sergio Moro?
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