O homem transfigura-se. Empertiga-se, estadeando novos relevos, novas linhas na estatura e no gesto; e a cabeça firma-se-lhe, alta, sobre os ombros possantes aclarada pelo olhar desassombrado e forte; e corrigem-se-lhe, prestes, numa descarga nervosa instantânea, todos os efeitos do relaxamento habitual dos órgãos; e da figura vulgar do tabaréu canhestro reponta, inesperadamente, o aspecto dominador de um titã acobreado e potente, num desdobramento surpreendente de força e agilidade extraordinárias. (O Sertões, Euclides)
Impossibilitado de digitar textos, por força de determinação médica, depois de me submeter a cirurgia no braço, faço-o mesmo assim para tecer elogios entusiásticos a Cid Gomes pela forma como se conduziu, quinta, 19, no Congresso Nacional, em Brasília, diante dos "300 ou 400 achacadores'' que o convocaram àquela Casa na equivocada expectativa de ver o ex-governador cearense capitular à arrogância e à desfaçatez da corja comandada por Eduardo Cunha.
Àqueles a quem, por incomum, o termo ainda cause estranhamento, esclareço-o à luz do vernáculo: Dizem-se "achacadores" aqueles que criticam, molestam, intimidam, quase sempre, com fim de obter vantagens. Perfeito, Cid.
O então ministro da Educação, Cid Gomes, tivera uma fala sua, em reunião com estudantes universitários, em Porto Alegre, gravada e divulgada em diferentes sites da Internet, com fins os mais desencontrados, o que levou a turma do baixo clero das duas maiores casas legislativas do País, Eduardo Cunha à frente, a espumar de ódio, como é costume sempre que alguém tem a coragem de julgar, tal qual se deve julgar a expressiva maioria dos nossos deputados federais e senadores.
Sem rodeios, essa corja que entra mandato sai mandado e não faz outra coisa que não se locupletar, enriquecer despudoradamente com o "prestígio" conferido a seus cargos conquistados, todos sabem, pelas práticas mais escusas. Eleitos, andam como bêbados, à direita e à esquerda, rodopiando, aqui e ali, como clows de Shakespeare, piscando os olhos para enxergar a boca da mina de que esperam (e quase sempre conseguem) extrair o ouro fácil. Os mesmos a quem Lula, tempos atrás, se referira, em plena Globo, como "500 picaretas". Em tempo, como se tratava de Lula, outro nordestino, de quem metem o rabos entre as pernas de medo, ficaram "pianinhos".
Para quem esperava, contudo, um nordestino desdentado, pobre e ignorante, curvado ao peso de tantas ofensas jamais respondidas, como a mais recente, de que não sabe votar, de resto resultado do simbolismo preconceituoso com que a elite paulista constrói o perfil de nossa gente, a lógica dos fatos se inverteu e se inverteu na lenha, punho fechado, dedo em riste. Bate, Cid.
E a fala do ex-governador cearense, acrescente-se mais, em pleno terreiro adversário, metro maior, capaz de medir a sua coragem como homem e a sua dignidade como companheiro leal de Dilma Rousseff, quando mesmo os correligionários históricos da presidente preferem tergiversar ou mesmo calar diante da crise sem precedentes que o partido atravessa. Cid agiu como um nordestino honrado, pelo que todos os nordestinos de raiz, ricos e pobres, minimamente conscientes política e culturalmente (não me refiro ao conhecimento acadêmico) devemos agradecer e aplaudir. Com linhas ideológicas distintas, mas com a essência de suas boas intenções no episódio, foi sábio, correto, desassombrado, e entra, que se compreenda a proporção do meu entuasiasmo de agora, para a nossa História, sem sair da vida, como um Joaquim Nabuco, um José Américo de Almeida, um Ruy Barbosa, o de Haia.
Impossibilitado de digitar textos, por força de determinação médica, depois de me submeter a cirurgia no braço, faço-o mesmo assim para tecer elogios entusiásticos a Cid Gomes pela forma como se conduziu, quinta, 19, no Congresso Nacional, em Brasília, diante dos "300 ou 400 achacadores'' que o convocaram àquela Casa na equivocada expectativa de ver o ex-governador cearense capitular à arrogância e à desfaçatez da corja comandada por Eduardo Cunha.
Àqueles a quem, por incomum, o termo ainda cause estranhamento, esclareço-o à luz do vernáculo: Dizem-se "achacadores" aqueles que criticam, molestam, intimidam, quase sempre, com fim de obter vantagens. Perfeito, Cid.
O então ministro da Educação, Cid Gomes, tivera uma fala sua, em reunião com estudantes universitários, em Porto Alegre, gravada e divulgada em diferentes sites da Internet, com fins os mais desencontrados, o que levou a turma do baixo clero das duas maiores casas legislativas do País, Eduardo Cunha à frente, a espumar de ódio, como é costume sempre que alguém tem a coragem de julgar, tal qual se deve julgar a expressiva maioria dos nossos deputados federais e senadores.
Sem rodeios, essa corja que entra mandato sai mandado e não faz outra coisa que não se locupletar, enriquecer despudoradamente com o "prestígio" conferido a seus cargos conquistados, todos sabem, pelas práticas mais escusas. Eleitos, andam como bêbados, à direita e à esquerda, rodopiando, aqui e ali, como clows de Shakespeare, piscando os olhos para enxergar a boca da mina de que esperam (e quase sempre conseguem) extrair o ouro fácil. Os mesmos a quem Lula, tempos atrás, se referira, em plena Globo, como "500 picaretas". Em tempo, como se tratava de Lula, outro nordestino, de quem metem o rabos entre as pernas de medo, ficaram "pianinhos".
Para quem esperava, contudo, um nordestino desdentado, pobre e ignorante, curvado ao peso de tantas ofensas jamais respondidas, como a mais recente, de que não sabe votar, de resto resultado do simbolismo preconceituoso com que a elite paulista constrói o perfil de nossa gente, a lógica dos fatos se inverteu e se inverteu na lenha, punho fechado, dedo em riste. Bate, Cid.
E a fala do ex-governador cearense, acrescente-se mais, em pleno terreiro adversário, metro maior, capaz de medir a sua coragem como homem e a sua dignidade como companheiro leal de Dilma Rousseff, quando mesmo os correligionários históricos da presidente preferem tergiversar ou mesmo calar diante da crise sem precedentes que o partido atravessa. Cid agiu como um nordestino honrado, pelo que todos os nordestinos de raiz, ricos e pobres, minimamente conscientes política e culturalmente (não me refiro ao conhecimento acadêmico) devemos agradecer e aplaudir. Com linhas ideológicas distintas, mas com a essência de suas boas intenções no episódio, foi sábio, correto, desassombrado, e entra, que se compreenda a proporção do meu entuasiasmo de agora, para a nossa História, sem sair da vida, como um Joaquim Nabuco, um José Américo de Almeida, um Ruy Barbosa, o de Haia.
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