terça-feira, 24 de julho de 2018

O DESVENDAMENTO DA ALMA HUMANA

 Há exatos 100 anos nasceu em Uppsala, Suécia, Ingmar Bergman. Autor de uma obra incontornável, em que pontuam verdadeiras obras-primas da sétima arte, a exemplo de O Sétimo Selo, Morangos Silvestres e Persona, para citar uns poucos títulos de um conjunto de pelo menos 56 filmes importantes, Bergman explorou como poucos artistas as profundezas da alma humana, descrevendo à exaustão seus conflitos, sua angústia, seus medos, suas dores e suas infinitas tonalidades dramáticas, marcas indeléveis do homem pós-moderno e da contemporaneidade. Tentar compreender a significação global de sua arte, penetrar suas veredas e armadilhas, seus mistérios e, acima de tudo, sua estética prodigiosa, a um tempo bela e inquietante, é o objetivo desse encontro. Sem perder de vista, todavia, que estudar a filmografia de Ingmar Bergman é, antes de qualquer outra coisa, viajar por um oceano de beleza plástica invulgar, deliciar-se com o desconhecido de nós mesmos, entregar-se às fulgurações do que se convencionou chamar de estilo bergmaniano. 

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