O tema "frases inesquecíveis do cinema" fez uma legião de entusiastas, alguns dos quais enviam para este colunista "seus" momentos antológicos da sétima arte. De Mino Castelo Branco, por exemplo, o querido amigo e artista de traço inconfundível, vem a fala de Ali MacGraw para Ryan O'Neal em cena memorável de Love Store, uma História de Amor: "Don't worry. Love means never having to say you're sorry", algo como "Não se desculpe. Amar significa nunca ter de pedir perdão".
Inolvidável, ocorre por volta dos 58 minutos do clássico de Arthur Hiller, 1970, que marcou para sempre toda uma geração. A cena, em que pese pontuada pelo sentimentalismo, o que para uma obtusa crítica desmerece a película, revela uma idealização do amor própria do alto romantismo, que é mesmo o eixo dramático do roteiro de Erich Segal. Sem esquecer, claro, a belíssima música de Francis Lai, com justiça vencedor do Oscar de Melhor Trilha Sonora.
O fato é que a magia do cinema, alguém já disse, constitui um tipo de "nosce te ipsum" socrático (conhece-te a ti mesmo) que nos faz percebermo-nos no "outro" saído da imaginação de grandes artistas, a exemplo de Visconti, Vitorio De Sica, Pasolini, Fellini, Alberto Sordi, Clouzot, Godard, Truffaut, Hitchcock, Woody Allen, Chaplin, Bertolucci, Bergman, nomes que povoam a memória dos amantes dessa arte incomparável a que se refere Mino citando a chorosa Jennifer, para o intranquilo Oliver Barret, na porta de sua casa em Boston, depois de uma briga passional.
Quanto a nós, os simples mortais, achamos, com razão, que amor e perdão não são coisas excludentes. Nessa perspectiva, aliás, também o cinema nunca se omitiu: "É que o amor nunca é pecado", diz Patrícia Pilar para Bruno Campos, na pele da adúltera Teresa, no belo O Quatrilho, de Fábio Barreto, 1996, uma feliz adaptação do romance homônimo de José Clemente Pozenato.
Se idealizado ali, aqui o amor se revela transverso. A fala de Teresa dá início ao romance "proibido" entre a personagem de Pilar e Massimo, cujo desfecho remete ao título do filme. Para surpresa de todos, os casais se cruzam e resolvem suas vidas na contramão de qualquer lógica, e são felizes para sempre.
"To love is to burn, to be on fire, like Juliet or Guinevere or Eloise". Está em Razão e Sensibilidade, 1995, o filme de Ang Lee, em que a personagem de Kate Winslet faz referência a três mulheres que, na literatura, viveram intensamente suas paixões: Julieta, de Shakespeare; Guinevere, a rainha consorte do Rei Athur da Távola Redonda e Heloísa, na França do final da Idade Média.
Como diz ela, "Amar é arder, estar em fogo. Como Julieta, Guinevere, Heloísa". A magia do cinema.
O fato é que a magia do cinema, alguém já disse, constitui um tipo de "nosce te ipsum" socrático (conhece-te a ti mesmo) que nos faz percebermo-nos no "outro" saído da imaginação de grandes artistas, a exemplo de Visconti, Vitorio De Sica, Pasolini, Fellini, Alberto Sordi, Clouzot, Godard, Truffaut, Hitchcock, Woody Allen, Chaplin, Bertolucci, Bergman, nomes que povoam a memória dos amantes dessa arte incomparável a que se refere Mino citando a chorosa Jennifer, para o intranquilo Oliver Barret, na porta de sua casa em Boston, depois de uma briga passional.
Quanto a nós, os simples mortais, achamos, com razão, que amor e perdão não são coisas excludentes. Nessa perspectiva, aliás, também o cinema nunca se omitiu: "É que o amor nunca é pecado", diz Patrícia Pilar para Bruno Campos, na pele da adúltera Teresa, no belo O Quatrilho, de Fábio Barreto, 1996, uma feliz adaptação do romance homônimo de José Clemente Pozenato.
Se idealizado ali, aqui o amor se revela transverso. A fala de Teresa dá início ao romance "proibido" entre a personagem de Pilar e Massimo, cujo desfecho remete ao título do filme. Para surpresa de todos, os casais se cruzam e resolvem suas vidas na contramão de qualquer lógica, e são felizes para sempre.
"To love is to burn, to be on fire, like Juliet or Guinevere or Eloise". Está em Razão e Sensibilidade, 1995, o filme de Ang Lee, em que a personagem de Kate Winslet faz referência a três mulheres que, na literatura, viveram intensamente suas paixões: Julieta, de Shakespeare; Guinevere, a rainha consorte do Rei Athur da Távola Redonda e Heloísa, na França do final da Idade Média.
Como diz ela, "Amar é arder, estar em fogo. Como Julieta, Guinevere, Heloísa". A magia do cinema.
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