A propósito de uma crônica antiga, leitora dirige a este blogueiro uma crítica elegante e, em parte, pertinente. Como se o texto tratasse da vaidade dos homens durante um treino numa academia de musculação, diz ela a uma dada altura: - "Você é uma pessoa pública (sic) e o que diz pode ter repercussão, por isso foi infeliz em dizer aquilo, exaltando os maus hábitos alimentares, estimulando o consumo de bebida e criticando os exercícios físicos!" Como se trata de pessoa conhecida, que sabe da minha vida profissional, talvez tenha se referido ao fato de ser professor e lidar com um público jovem, em sua grande maioria. Erra, apenas, pela falta de 'espírito esportivo' e não perceber que a crônica era essencialmente brincalhona em relação ao tema. Tentarei me redimir.
Começo por chamar a atenção para o fato de que está se tornando neurótica essa coisa do politicamente correto. Não vai longe e teremos de pesar as nossas palavras, mesmo quando proferidas nas circunstâncias da informalidade e da descontração -- ou amenas, cobertas de boa intenção e humor, como foi o caso. Claro que o leitor mais atento não terá visto na minha atitude qualquer leviandade em torno da necessidade de que pratiquemos exercícios físicos e sejamos seletivos e comedidos nos nossos hábitos alimentares, moderando no 'chope e na picanha', por exemplo.
Fiquei, no entanto, com a pulga atrás da orelha, como costumava dizer minha mãe. Algum tempo depois, por sorte, a situação me pareceu esclarecida: dias antes, no jornal "A Praça", onde minha crônica é publicada semanalmente, o colunista Everton Alencar escrevera sobre o mesmo assunto, e, segundo viria a saber, fora demasiado 'forte' ao abordar o mesmo tema, suscitando uma reação sem precedentes de um segmento da sociedade, que se sentira particularmente agredido com a referida crônica. Sem entrar no mérito da questão, posto que sequer pude ler o texto do colunista, apenas sinto-me no dever de evidenciar o meu respeito por esse intelectual e colega de lides profissionais. Admito, como mera presunção, que também ele tenha sido mal interpretado em suas palavras. Infelizmente, já se disse, palavra dita é flecha solta...
Quanto às academias, particularmente, não vejo como ser mais explícito em afirmar que se trata de um ramo empresarial dos mais importantes e benéficos para qualquer sociedade: Frequento-as há muitos anos e ando com o ego nas alturas com os meus sete quilos a menos em poucos meses de dedicação 'mineira' a anilhas e esteiras. Nada que se compare à boa sensação de um corpo cuidado e inteiro em frente do espelho, não é mesmo? É a festa da autoestima, tenho dito.
Pena que nem todo candidato a magro tenha a aura de Ronaldo 'Fenômeno', sobre quem acabo de ler: "Ronaldinho recebe R$ 6 milhões para participar do Medida Certa da Rede Globo de Televisão". Simples mortal, cara leitora, que eu tenha, quando menos, o direito de tomar um chope com picanha.
Começo por chamar a atenção para o fato de que está se tornando neurótica essa coisa do politicamente correto. Não vai longe e teremos de pesar as nossas palavras, mesmo quando proferidas nas circunstâncias da informalidade e da descontração -- ou amenas, cobertas de boa intenção e humor, como foi o caso. Claro que o leitor mais atento não terá visto na minha atitude qualquer leviandade em torno da necessidade de que pratiquemos exercícios físicos e sejamos seletivos e comedidos nos nossos hábitos alimentares, moderando no 'chope e na picanha', por exemplo.
Fiquei, no entanto, com a pulga atrás da orelha, como costumava dizer minha mãe. Algum tempo depois, por sorte, a situação me pareceu esclarecida: dias antes, no jornal "A Praça", onde minha crônica é publicada semanalmente, o colunista Everton Alencar escrevera sobre o mesmo assunto, e, segundo viria a saber, fora demasiado 'forte' ao abordar o mesmo tema, suscitando uma reação sem precedentes de um segmento da sociedade, que se sentira particularmente agredido com a referida crônica. Sem entrar no mérito da questão, posto que sequer pude ler o texto do colunista, apenas sinto-me no dever de evidenciar o meu respeito por esse intelectual e colega de lides profissionais. Admito, como mera presunção, que também ele tenha sido mal interpretado em suas palavras. Infelizmente, já se disse, palavra dita é flecha solta...
Quanto às academias, particularmente, não vejo como ser mais explícito em afirmar que se trata de um ramo empresarial dos mais importantes e benéficos para qualquer sociedade: Frequento-as há muitos anos e ando com o ego nas alturas com os meus sete quilos a menos em poucos meses de dedicação 'mineira' a anilhas e esteiras. Nada que se compare à boa sensação de um corpo cuidado e inteiro em frente do espelho, não é mesmo? É a festa da autoestima, tenho dito.
Pena que nem todo candidato a magro tenha a aura de Ronaldo 'Fenômeno', sobre quem acabo de ler: "Ronaldinho recebe R$ 6 milhões para participar do Medida Certa da Rede Globo de Televisão". Simples mortal, cara leitora, que eu tenha, quando menos, o direito de tomar um chope com picanha.
Prezado Álder
ResponderExcluirA leitura da sua crônica aguçou minha curiosidade e fui buscar a crônica passada que deu origem ao e-mail da sua leitora.
Relendo-a, vi refletir a sua verve tão característica, implicitamente brincalhona. Acredito que a sua leitora deve ser uma pessoa que leva as coisas à sério, e daí a interpretaçào dela. De qualquer maneira, sua posição agora ficou explícita, o que acredito que a deixará aliviada. Um abraço
José Luiz