sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ainda sobre tempo e paixão

A propósito da crônica Tempo e paixão chegam-me inúmeros e-mails de leitores. Leitoras, sobremodo. Como este é um tema recorrente neste espaço, passo a impressão, não intencional, de ser um especialista no assunto. Ledo engano. Com efeito, tenho procurado estudar sobre relacionamentos, passionalidade, amor, embora viva, como todo mundo, os mesmos conflitos que, por vezes, têm levado a desfechos jamais desejados. Um desses e-mails levanta a seguinte questão: - "Você descarta a possibilidade do reencontro, passada a crise que levara à separação?"

Ah, não creio ter sido afirmativo neste sentido ou mesmo ter insinuado isto. Conheço casais que se reencontraram depois de um longo período de separação e vivem felizes hoje. Nesse caso não creio que a paixão tivesse desaparecido. Ela se recolhera por força das crises recorrentes, hibernara por um tempo que é muitas vezes indispensável para que os amantes possam ter uma nova chance. Quando isto ocorre, e não é raro que ocorra, acho que a tendência natural é que a relação volte fortalecida.

No livro Homens são de marte, mulheres são de vênus John Gray defende uma tese que me parece extremamente feliz: os homens são como elástico, as mulheres como ondas. Os homens sentem uma necessidade de se afastar, de ir até à extremidade de sua fuga para sentir o desejo de estar perto. A mulher tem movimentos que se assemelham ao ir e vir das ondas. Quando atinge a plenitude de seus desejos de ser amada, quando ela se percebe objeto do amor incondicional do homem amado, curiosamente tende a mudar seu estado de ânimo e a tendência natural é mudar também os seus sentimentos, a quebrar abruptamente a sua onda. Acho que o famoso terapeuta compreendeu à perfeição o que, nos casos em que a paixão, existindo ainda, não é suficiente para sustentar a relação, explica às claras o motivo por que se dão os rompimentos que não raro se tornam defintivos.

Acho que é o tempo a que me refiro na crônica Tempo e paixão, o que não ficou evidenciado no texto, a concluir pelo que questiona a referida leitora no seu e-mail. A nova paixão, embora não sendo esta uma situação muito comum, pode ser o despertar da paixão que se recolhera, que hibernara por um tempo necessário para que se dê o reencontro mais amadurecido dos amantes. É a reflexão que levanta Gray: "Quando não está se sentindo tão bem consigo mesma, ela [a mulher] não pode ser tão acolhedora e apreciar tanto o seu parceiro. [...] Quando sua onda atinge o fundo, ela fica mais vulnerável e precisa de mais amor. É crucial que seu parceiro entenda o que ela precisa nesses momentos, do contrário ela pode fazer exigências irracionais." Perfeito. O mesmo, na perspectiva de sua elasticidade, quero crer, se dá com o homem. E aí, não sendo definitiva, a separação será inevitável. E o tempo, que afirmo em minha crônica ser o único remédio capaz de curar a paixão, que adoeceu pela incompreensão das diferenças existentes entre o marciano e a venusiana de que nos fala Gray, tem uma outra configuração. É o tempo da reorganização dos sentimentos, da avaliação menos emocional das qualidades e defeitos de cada um. De pesar o que houve de positivo e negativo na relação, e de decidir ou não pela chance de recomeçar.

Se defendo a opinião de que o tempo é remédio mesmo para as paixões que jamais se reencontrarão, não fecho os olhos para a triste realidade de que nem sempre é um remédio infalível. E os amantes que nasceram um para o outro e tomaram rumos diferentes estarão condenados a carregar no peito a ideia fixa, a obsessão que jamais desaparecerá. Como diz Martha Medeiros em O centro das atenções, a pessoa amada "Acomoda-se dentro da gente e de vez em quando cutuca, se mexe, nos faz lembrar de sua existência."

Talvez seja o momento de perceber que o que se chama paixão devesse ter um outro nome, que, na falta da explicação exata, pode-se chamar de amor.





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Um comentário:

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